“Porquanto, nEle [Cristo], habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade.” Colossenses 2:9.
A diferença do Cristianismo e todas as outras religiões do mundo, é a pessoa de Cristo e Sua natureza definitiva. A autoridade de Cristo é de suma importância para a nossa fé, e Quem O legitima é o próprio Deus, que O ressuscitou, confirmando Seu Ministério. Esse ponto é combatido por pensadores modernos, culturalmente escravizados e que não creem na autoridade de Jesus, mas fazem do Iluminismo (movimento intelectual do século XVIII) sua base de reflexão, onde a autoridade de Jesus é vista como “uma projeção relutante de um indivíduo autônomo do passado”. Porém, a visão contracultural evangélica crê e defende que a autoridade de Jesus Cristo é inerente à Sua pessoa, sendo esta uma cosmovisão que existe e resiste sob a autoridade e soberania do próprio Cristo. A mentalidade de dois humanistas do passado, forjaram o pensamento do mundo moderno: Nietzche (1844), um louco que decretou a “morte de Deus”, ensinava que tudo poderia ser dominado e controlado, e que rejeitar as tradições era elementar para se “alcançar a emancipação de toda forma de servidão intelectual ou social”. Na verdade, ele mesmo promoveu essa servidão. Feuerbach (1804) declarou a divinização da própria humanidade, que para ele deveria ser vista como “deus”, e que “as origens da experiência religiosa interpretada como ‘Deus’ se achavam na alienação sócio-econômica”. Contudo, foi a invenção desse “deus humanista” que fez surgir aberrações como nazismo e stalinismo, dois dos regimes mais opressores da história humana, onde milhões foram trucidados em programas de genocídio que até hoje estarrecem a humanidade. Portanto, a fé evangélica tem todo direito e dever de questionar o pensamento humanista, como cultura ilusória e opressora que é, e através da qual o poder humano e sua busca se tornam a influência que controla e governa a sociedade. Em contraposição ao humanismo, a fé na autoridade de Jesus não é um tipo de escravização, mas o compromisso libertador com Quem nos livra de sermos escravos da opressão de um mundo faminto por poder.
A obra de Cristo – Sua vida, morte e ressurreição – é a base na qual a vida cristã autêntica é inspirada e formada. O entendimento cristão acerca de Cristo baseia-se em:
1. Sua importância revelacional: “Jesus é a personificação e a auto-revelação de Deus”.
2. Sua importância soteriológica (“sotér” = salvação), a salvação só é possível através da morte e ressurreição de Jesus Cristo.
3. Sua importância mimética (adaptação, encarnação de Jesus), Ele não somente revela em Sua pessoa a salvação, mas todas as qualidades que o homem deve ter.
4. Sua importância doxológica (que presta louvor a Deus; “doxa” = glória), na relação existente entre a teologia e o modo como os cristãos prestam culto a Deus, adorando-O e orando em todo lugar.
5. Sua importância querigmática (“kérigma” = proclamação), Seu nome e obra precisam ser proclamados ao mundo. O evangelicalismo é Cristocêntrico, e se desenvolve na reafirmação inflexível da identidade de Jesus Cristo, reconhecendo a Sua encarnação virginal, vida de santidade inquestionável, sacrifício na Cruz, ressurreição e retorno eminente (sua importância) e iminente (prestes a acontecer).
A vitória de Cristo sobre o humanismo é inquestionável.
Com extrações adaptadas de “Paixão Pela Verdade”, de Alister MacGrath (Vida Nova).
Culto matutino, IPB de Brasilândia 26/06/16.
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