12 DE AGOSTO - ANIVERSÁRIO DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL
Sonhar é preciso, é bom, é salutar. Mas cada um deve carregar os seus sonhos. Sonhos são a oxigenação das nossas concretizações, os ideais a serem alcançados. Uma Igreja que sonha consegue grandes realizações. Cada um de nós presbiterianos temos sonhado com uma Igreja forte, amiga e em pleno crescimento em estatura, número e conhecimento da Palavra de Deus. Creio que já estamos recebendo estas bênçãos de Deus.
Ser presbiteriano, nascer nesta Igreja, converter-se nela, é uma benção outorgada por Deus. Ser presbiteriano é pertencer a uma Igreja amada, respeitada, organizada, disciplinada, que toma decisões no espírito de Atos 15:28 "Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas essenciais". A Igreja Presbiteriana do Brasil é uma Igreja grande, ética e muito organizada, que prima por sua humildade e perseverança na confiança da soberania de Deus. São cerca de 3.500 igrejas e congregações, mais de 4.500 pastores, missionários e seminaristas, são mais de 62 sínodos, mais de 200 Presbitérios e cerca de 1.000.000 de membros. A Igreja Presbiteriana do Brasil é uma Igreja amiga que sem perder a sua identidade com Cristo, com a Palavra de Deus e com o Espírito Santo, continua sendo uma Igreja Cristã, Evangélica, Reformada, Calvinista e Presbiteriana. Como diz um famoso lema da Igreja: “Unidade no essencial, liberdade nos não-essenciais, e caridade em tudo”.
Sonhar é preciso, é bom, é salutar. Mas cada um deve carregar os seus sonhos. Sonhos são a oxigenação das nossas concretizações, os ideais a serem alcançados. Uma Igreja que sonha consegue grandes realizações. Cada um de nós presbiterianos temos sonhado com uma Igreja forte, amiga e em pleno crescimento em estatura, número e conhecimento da Palavra de Deus. Creio que já estamos recebendo estas bênçãos de Deus.
Ser presbiteriano, nascer nesta Igreja, converter-se nela, é uma benção outorgada por Deus. Ser presbiteriano é pertencer a uma Igreja amada, respeitada, organizada, disciplinada, que toma decisões no espírito de Atos 15:28 "Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas essenciais". A Igreja Presbiteriana do Brasil é uma Igreja grande, ética e muito organizada, que prima por sua humildade e perseverança na confiança da soberania de Deus. São cerca de 3.500 igrejas e congregações, mais de 4.500 pastores, missionários e seminaristas, são mais de 62 sínodos, mais de 200 Presbitérios e cerca de 1.000.000 de membros. A Igreja Presbiteriana do Brasil é uma Igreja amiga que sem perder a sua identidade com Cristo, com a Palavra de Deus e com o Espírito Santo, continua sendo uma Igreja Cristã, Evangélica, Reformada, Calvinista e Presbiteriana. Como diz um famoso lema da Igreja: “Unidade no essencial, liberdade nos não-essenciais, e caridade em tudo”.
Esta é a Igreja dos nossos sonhos,
fiel a Cristo em tudo, cujos membros são também fiéis à Igreja.
Fidelidade em todas as áreas da vida, na entrega dos dízimos ao Senhor,
inclusive. Quem não é fiel no pouco, não se confia o muito. Talvez seja
por isso que muitos não progridem. Você já entendeu que desta
fidelidade a Deus virão os recursos para se fazer a obra de Deus, como
Ele quer que ela seja feita? Experimente ser fiel, vale a pena. Conheça
a nossa Igreja, estude a sua história, leis, doutrinas, ética,
liturgia, constituição, Código de Disciplina, sua responsabilidade e
privilégios perante ela, porque no final disso tudo você descobrirá
porque tanto amamos a Igreja Presbiteriana do Brasil.
COMO SURGIU A IPB - IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL
Manhã de 18 de junho de 1859.
Simonton, a bordo do "Banshee" que afastava-se vagarosamente do porto,
observou os marinheiros subindo nos mastros para soltar as velas.
Novamente focou o olhar para aqueles que ficaram no cais, acenando
mãos, lenços brancos até que os amigos da terra ficassem longe demais
para poder ver suas feições. Escreve: "Estou só. Sinto agora, pela
primeira vez, a realidade que havia frequentemente antecipado com
temor."
Desembarcou no Rio de Janeiro na
manhã ensolarada de 12 de agosto de 1859. Ele descreveu a experiência
em seu diário hora por hora. Por volta das 9h30 da manhã ele escreveu:
"Estou acordado desde as quatro da
manhã, observando as manobras para adentrar o porto contra o vento e a
maré. É um lugar lindo, o mais singular e radiante que jamais vi (...).
Dei minha roupa de viagem ao cabineiro, em atenção aos serviços durante
a viagem. Estou pronto para descer".
Às 14h15 Simonton estava sendo
recebido por Robert C. Right, a quem entregou a carta de apresentação.
Dois meses após sua chegada, Simonton escreveu o seguinte:
"Ser missionário sem ter o amor fervoroso por Cristo e zelo pelas almas é mau negócio. Devo renovar minha consagração".
Algum tempo depois...
"Minha religião é muito morta, minhas
orações caem por terra, faltando-lhes o impulso do sentimento jubiloso
e vivo. Por isso vou implorar a Deus, vou buscar a renovação de minha
vocação e consciência de amor daquEle cuja Palavra prego. Senhor, fala
comigo como fizeste com Pedro, convencendo-me da necessidade de amor e
produzindo pelo poderoso comando a graça celeste, que me torne capaz de
alimentar teus cordeiros e tuas ovelhas".
Algum tempo depois, juntamente com o
Dr. Kalley analisou as respostas recebidas de advogados do Rio sobre as
questões relacionadas à liberdade religiosa no Brasil. Devido a algumas
restrições quanto a prática de culto, o Dr. Kalley sugeriu que ensinar
inglês seria a melhor tática inicial.
Em 22 de Abril de 1860 Simonton
dirigiu uma Escola Bíblica Dominical em sua própria casa, sendo este
seu primeiro trabalho em português. Neste mesmo ano, recebeu a alegre
notícia da vinda ao Brasil de sua irmã Lilie e o cunhado, o Rev.
Blackford; porém a notícia de que um violento temporal havia apanhado o
navio e o tirado da rota fez com que no dia 21 de julho, o Rev Simonton
escrevesse o seguinte:
"A esperança está quase me
abandonando no que diz respeito a Lilie e ao Sr. Blackford. Começa a
convencer-me de que na obscura providência de Deus, encontrara no
oceano seu funeral e provavelmente cerca de cinco dias após perderem
sua pátria de vista. É um dia negro para mim. Amargo contraste com o
que antecipava."
Graças a Deus porém, no dia 25 de
julho, os dois estavam sendo recebidos ilesos por Simonton, a fim de
auxiliá-lo da obra missionária do Brasil.
Em julho de 1862 Simonton fez uma
viagem aos Estados Unidos, devido a problemas de saúde de sua mãe, Sra.
Marta Davis. Neste mesmo ano, fez amizade com Helen, e no dia 28 de
janeiro de 1863 ficaram noivos, marcando o casamento para o dia 19 de
março.
No ano de 1864, nasceu a primeira
filha do casal, no dia 19 de junho, porém nove dias depois, devido a
complicações no parto, Helen morreu, e Simonton escreveu em seu diário,
suas mais dolorosas palavras.
"Deus tenha piedade de mim agora,
pois águas profundas rolaram sobre mim. Helen está estendida em seu
caixão, na salinha de entrada. Deus a levou de repente, que ando como
quem sonha."
De fato, Simonton e seus colegas
conseguiram uma lista impressionante de realizações durante os oito
anos de seu trabalho no Brasil:
12/01/1862 - a fundação de uma Igreja no Rio de Janeiro;
05/11/1864 - a fundação do primeiro jornal evangélico no Brasil, o Imprensa Evangélica;
16/12/1865 - a organização do primeiro Presbitério do Brasil, o Presbitério do Rio de Janeiro; e ainda
14/05/1867 - a fundação do primeiro Seminário Teológico Presbiteriano, no Rio de Janeiro.
A última página do diário de Simonton
é de 31 de dezembro de 1866. Em várias linhas o missionário conta como
foi recebida entre seus compatriotas a feliz notícia do fim da guerra
em seu País.
Ao falarmos sobre Simonton e em sua
proposta para a Igreja Presbiteriana do Brasil, tão atual como foi nos
seus dias, devemos lembrar que:
1) A santidade da Igreja deve ser cuidadosamente mantida no testemunho de cada crente.
2) O uso abundante de literatura
evangélica. A Bíblia, e também livros e folhetos bíblicos devem inundar
o Brasil. É impossível envolver tão vasto país sem o auxílio da palavra
impressa. Em nossos dias certamente devemos usar outras mídias que
existem, como o rádio, a televisão e a internet.
3) O evangelismo pessoal é de suma importância. Cada crente deve comunicar o Evangelho a outra pessoa.
4) A formação de um ministério nacional idôneo, isto é, pastôres brasileiros para brasileiros.
5) O estabelecimento de escolas presbiterianas para os filhos dos crentes.
Basicamente esta proposta reflete a visão missionária do Pioneiro, que envolve três áreas distintas, as saber:
1. VISÃO MISSIONÁRIA E EVANGELÍSTICA DO BRASIL
Evangelização mais extensa e real
possível. Ashbel Green Simonton realizou seu primeiro culto regular no
Rio de Janeiro em 19 de maio de 1861; nessa oportunidade constituiu
diácono um de seus dois assistentes. Das pregações subsequentes,
houveram conversões. Simonton recebeu esses conversos à comunhão da
Igreja no dia 12 de Janeiro de 1862, no culto que marcou a fundação da
Igreja, e provavelmente, a primeira celebração da Santa Ceia.
Trecho do Diário de Ashbel Green Simonton:
"Domingo, dia 12 de janeiro de 1862.
Celebramos a Ceia do Senhor, recebendo por profissão de fé Henry E.
Milford e Cardoso Camilo de Jesus. Organizamo-nos assim em Igreja de
Jesus Cristo no Brasil. Foi um momento de alegria e satisfação. Muito
mais cedo que esperava minha pouca fé, Deus nos permitiu os primeiros
frutos da missão. Senti-me até certo ponto agradecido, mas não como
devia. A comunhão foi dirigida por Mr. Francis Joseph Christopher
Schneider e por mim, em inglês e português. O Sr. Cardoso, a seu pedido
e de acordo com o que consideramos melhor, depois de muito estudo e
certa hesitação, foi batizado. Prestou um exame que satisfez
completamente a Mr. Schneider e a mim, sem deixar dúvida em nossas
mentes com respeito à realidade de sua conversão. Graças sejam dadas a
Deus pela confirmação de nossa fraca fé, por vermos que não pregamos em
vão o Evangelho."
Com três Igrejas organizadas,
respectivamente as do Rio de Janeiro, São Paulo e Brotas os
missionários se reuniram em São Paulo para organizar o primeiro
Presbitério, a fim de ordenar José Manoel da Conceição, ex-padre, ao
Ministério Presbiteriano. Simonton registrou o evento no seu diário:
"...quando o Sr. Schneider chegou, organizou-se o Presbitério, e o Sr.
Conceição foi ordenado."
2. VISÃO EDUCACIONAL PARA OS FILHOS DA IGREJA
Desde a sua chegada ao Brasil,
Simonton havia se empolgado com a ideia de uma escola que servisse
tanto a comunidade imigrante quanto aos brasileiros. No Campo de
Santana, Simonton alegrava-se por ter espaço para uma pequena escola
que funcionava nos fundos do salão de cultos.
Ainda mais importante foi a sua
última contribuição para o presbiterianismo nacional: a criação do
chamado "Seminário Primitivo". Simonton percebeu que a Igreja
Presbiteriana do Brasil não poderia crescer e emancipar-se sem a
preparação de líderes autóctones. Assim, no dia 14 de maio de 1867
tiveram início as aulas do Seminário do Rio de Janeiro, tendo como
professores o próprio Simonton, seu colega Schneider e o Pastor
luterano Carlos Wagner. Essa modesta instituição teológica existiu por
apenas três anos, mas formou os quatro primeiros Pastores
Presbiterianos nacionais: Antonio Bandeira Trajano, Miguel Gonçalves
Torres, Modesto Perestrello de Barros Carvalhosa, e Antonio Pedro de
Cerqueira Leite.
Esta visão tornou-se uma
característica marcante da Igreja Presbiteriana é sua ação no campo da
educação. Onde houver uma Igreja Presbiteriana, alguma iniciativa
estará sendo tomada nesta direção.
3. VISÃO LITERÁRIA DA DIVULGAÇÃO DO EVANGELHO
Com o lançamento do Imprensa
Evangélica, o primeiro periódico protestante do Brasil, que haveria de
circular por 28 anos. O jornal de Simonton era um órgão de propaganda
evangélica que visava alcançar sobretudo as camadas mais cultas da
população e teve boa aceitação junto a certos grupos, particularmente
liberais e alguns membros do clero. Seus editoriais e artigos visavam
comunicar as principais ênfases da fé evangélica, mostrar os benefícios
éticos e sociais do protestantismo e comentar as questões políticas e
religiosas mais salientes da época. O periódico também não se furtava à
polêmica religiosa, travando vigorosos debates com o jornal católico "O
Apóstolo".
Concluindo, afirmo que Simonton vivo
seria sempre o nosso companheiro, mas morto, tornou-se nosso exemplo.
Exemplo de fé, dedicação e entrega total à obra missionária e
evangelística, visando o crescimento do Reino do Senhor Jesus Cristo.
PARABÉNS IPB por seus 155 anos de lutas e vitórias anunciando o Reino de Deus no Brasil e no mundo!
Por: Rev. Ashbell Simonton Rédua
Texto revisto e ampliado.
SDG - A DEUS TODA GLÓRIA!!!
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