domingo, 1 de novembro de 2015

POR QUE A IGREJA PRECISA RETORNAR À REFORMA

“Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras.” Apocalipse 2:4-5a.

A Reforma Protestante do Século XVI foi o maior movimento na igreja cristã depois do Pentecostes. Foi uma volta ao Cristianismo puro e simples, uma retomada da doutrina apostólica, um retorno às Escrituras. A Igreja havia se desviado da verdade, e introduzido outras doutrinas e práticas: culto às imagens, mediação dos santos, veneração a Maria, salvação pelas obras, confessionário, purgatório, relíquias, indulgências e infalibilidade papal, foram alguns dos maiores desvios. Deus preparou o momento e as pessoas certas para essa volta às Escrituras. Em 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero fixando nas portas da Igreja de Wittenberg suas 95 teses, deflagrou esse decisivo movimento.

Hoje, a Igreja evangélica brasileira precisa voltar à Reforma, pois em grande parte desviou-se do caminho da ortodoxia. As verdades essenciais da fé evangélica estão ausentes de muitos púlpitos, e novidades estranhas às Escrituras têm sido introduzidas.

O liberalismo que devastou as Igrejas na Europa, e na América do Norte chegou às terras brasileiras, e seu fermento maldito tem sido espalhado e assaltado muitas Igrejas que já não creem mais na inerrância e suficiência das Escrituras. Até a criação é desacreditada, e o mundanismo invadiu muitas Igrejas.

O misticismo prevalece em muitos púlpitos, onde prega-se prosperidade, e não salvação; curas e milagres, e não arrependimento e novo nascimento. O lucro substituiu a mensagem da salvação e muitas Igrejas se transformaram em empresas, púlpitos em balcões, o Evangelho em produto, e crentes em consumidores.

Muitas Igrejas se acomodaram a uma ortodoxia morta. É preciso conhecer a Verdade e ser transformado pela Verdade. Teologia pura e vida santa andam de mãos dadas. Porém, em muitos contextos a ortodoxia está distante da ortopraxia. A Reforma restaurou não apenas a supremacia das Escrituras e a primazia da pregação, mas enfatizou a necessidade de uma vida piedosa. Não se separa teologia da vida, doutrina da prática, ortodoxia da piedade. Necessitamos de um legítimo reavivamento, que traga vida espiritual verdadeira manifesta em santidade, compromisso, empolgação, disposição e alegria para a obra de Deus, interesse pela Bíblia, vida de oração, comunhão, evangelismo e missões. Esse é o verdadeiro crescimento que a Igreja precisa buscar. Essa é a obra da Reforma!

Rev. Hernandes Dias Lopes (adaptado)
IPB de Brasilândia, pastoral boletim de novembro.

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